Buscar e Salvar o perdido

Será que podemos ter plena certeza da vida eterna nos céus?


Encerrando uma conversa com um coletor de impostos, Jesus fez a seguinte afirmação: “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19.10).*


* Todas as referências bíblicas, salvo especificação em contrário, são da Nova Versão Internacional, da Editora Vida.


E no decorrer de uma entrevista com um líder religioso, o Senhor declarou: “Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele” (Jo 3.17).


De outra feita, Jesus, dirigindo-se a um grupo de pessoas, disse o seguinte: “Não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo” (Jo 12.47).


Posteriormente o apóstolo Paulo escreveu: “Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior” (1 Tm 1.15).


Qual era a principal missão do Senhor Jesus Cristo, quando ele veio ao mundo? Era salvar a humanidade perdida de seus pecados e das consequências deles. Jesus veio aqui para nos salvar, a mim e a você. Além disso, ele efetuou essa salvação de tal forma que

podemos saber,

devemos saber e

iremos saber

que estamos salvos.


Certa ocasião, Jesus estava passando pela cidade de Jericó, onde morava um homem de nome Zaqueu, um rico coletor de impostos. E alguns cidadãos ali suspeitavam de que ele estivesse cobrando do povo mais do que deveria.

Esse homem já tinha ouvido falar de Jesus e teve vontade de ir vê-lo. Entretanto Jesus se achava cercado por uma multidão e Zaqueu, sendo de baixa estatura, não conseguia avistá-lo. Como também não pôde atravessar toda aquela gente para se aproximar do Senhor, usou sua criatividade. Sabendo do caminho por onde Jesus iria passar, correu à frente do povo e subiu a uma árvore. E, no fim, esse estratagema deu mais certo do que ele esperava. Quando Jesus chegou próximo à árvore, viu-o lá em cima e disse:

“Preciso entrar em sua casa hoje.”

Imediatamente, Zaqueu desceu e levou o Senhor para almoçar com ele. Como era de se esperar, o povo do lugar logo começou a resmungar:

“O que é que ele está fazendo na casa desse pecador?”

Mas se eles ficaram espantados ao ver Jesus almoçar com Zaqueu, ficaram ainda mais estupefatos quando este se levantou e disse: 

“Olha, Senhor, daqui em diante, darei metade dos meus bens aos pobres. E, se eu tiver roubado algo de alguém, vou pagar quatro vezes mais.”

A verdade é que Jesus tivera um objetivo especial ao entrar em contato com aquele homem. Embora sua mensagem seja dirigida a todos nós, ele deu certo destaque àquele desprezível cobrador de impostos para nos relembrar que tem profundo interesse pelos perdidos e pelos “mendigos” espirituais. Ademais, ele os conhece pelo nome, sabe onde se encontram e os chama para que sejam salvos.

Sua visita a Zaqueu produziu resultados extraordinários. Aquele coletor se arrependeu de seus pecados e creu em Cristo. De um momento para outro, sua vida sofreu uma transformação tão profunda que ele decidiu corrigir seus erros e passar a agir corretamente daí para a frente. Ele foi salvo!

E Jesus ficou tão convencido de que Zaqueu estava sendo sincero que resolveu não deixar ninguém – nem o coletor de impostos, nem a multidão presente – com dúvida sobre o acontecido. Então deu um testemunho público sobre o que se passara ali. Disse ele: 

“Hoje houve salvação nesta casa!”

Em seguida, fez uma declaração sobre o propósito de sua missão naquela cidade e no mundo:

“Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido.” (Lc 19.9,10.)

Vamos examinar a primeira afirmação dele: “Hoje houve salvação nesta casa!” Em vários pontos da Bíblia, encontramos a descrição de uma sequência de eventos que ocorria com frequência no ministério de Cristo. O Senhor Jesus

  1. Tinha um encontro com uma pessoa necessitada;
  2. Entrava na vida dessa pessoa;
  3. Salvava-a de seus pecados e
  4. Fazia uma declaração bem definida de que ele ou ela estava realmente salvo.

Vejamos mais alguns exemplos.


“Amigo, os seus pecados estão perdoados.”

Quatro homens tinham um amigo paralítico, ao que parece, tetraplégico. Quando eles ouviram falar que Jesus estava numa casa da cidade, pregando e curando enfermos, resolveram levar o doente até lá. Entretanto, como o lugar se achava lotado, não conseguiram entrar com ele. Aí, prontamente, subiram ao telhado, retiraram parte da cobertura e foram abaixando o paralítico até o chão, bem em frente de Jesus.

E como foi que Jesus reagiu diante dessa atitude deles? Assim como todos os que estavam ali, ele percebeu que o homem precisava de cura. Entretanto ele enxergou mais dois fatos que os outros não poderiam discernir. O Senhor viu o pecado do homem e a fé dele. A Bíblia relata: 

“Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse: ‘Homem, os seus pecados estão perdoados’. Os fariseus e os mestres da lei começaram a pensar: ‘Quem é esse que blasfema? Quem pode perdoar pecados, senão somente Deus?’ Jesus sabendo o que eles estavam pensando, perguntou: ‘Por que vocês estão pensando assim? Que é mais fácil dizer: ‘Os seus pecados estão perdoados’ ou: ‘Levante-se e ande’? Mas, para que vocês saibam que na terra o Filho do homem tem autoridade para perdoar pecados’ – disse ao paralítico – ‘eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa.’ Imediatamente ele se levantou na frente deles, pegou a maca em que estivera deitado e foi para casa louvando a Deus.” (Lc 5.20-25.)

Quando aquele homem se levantou, sabia que estava curado e que seus pecados tinham sido perdoados. Como acontecera com Zaqueu, aquela palavra de Jesus lhe deu certeza absoluta de sua salvação. 


“Eu também não a condeno.”

Certa ocasião, Jesus se achava no templo, falando a um grupo de pessoas que haviam se reunido para ouvi-lo. De repente, aproximou-se dele um ruidoso bando de líderes religiosos, arrastando consigo uma mulher desesperada. E eles disseram para Jesus:

“‘Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres.’ Mas Jesus... lhes disse: ‘Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela’... Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando pelos mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele. Então Jesus pôs-se em pé e perguntou-lhe: ‘Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou?’ ‘Ninguém, Senhor’, disse ela. Declarou Jesus: ‘Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado’.” (Jo 8.4-11.)

Que alívio aquela mulher deve ter sentido ao escutar estas palavras maravilhosas: “Eu também não a condeno”! E essa frase tem um significado muito mais profundo do que possa parecer à primeira vista. Dizemos isso por causa de uma declaração que Jesus havia feito certa vez. Disse ele: “Quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (Jo 3.18 – grifo do autor).

Aquela mulher se encontrava ali condenada pela lei de Deus, pela tradição humana e pelos líderes religiosos. Qual seria a atitude de Jesus? Certamente ele não aprovou o pecado dela, mas lhe perdoou. E ao agir dessa forma – e deixando bem claro para ela que lhe perdoara – o Senhor a livrou da condenação e do seu sentimento de desvalor. Então a mulher teve consciência de que seu pecado tinha sido perdoado e de que estava purificada dele. Esse conhecimento – saber que desfrutava uma nova posição aos olhos de Deus – lhe conferiria forças para mudar de vida, algo que antes ela não possuía.

“Sua fé a salvou; vá em paz.”

Como a mulher que os religiosos haviam levado ao templo, essa outra também tinha um passado meio duvidoso. Entretanto também ela foi transformada por Jesus. Sua gratidão ao Senhor levou-a a praticar um extraordinário ato de adoração para com ele.

“Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma pecadora, trouxe um frasco de alabastro com perfume, e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com suas lágrimas, depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com seu perfume” (Lc 7.37,38.)

Que maravilhosa adoração a daquela mulher! Mas, logo em seguida, teve início ali uma discussão a respeito dela. Contudo Jesus encerrou a questão ao dizer-lhe: “Seus pecados estão perdoados”. Aí os outros convidados começaram a indagar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Foi então que Jesus disse para a mulher: “Sua fé a salvou; vá em paz”. E, como já acontecera a outras pessoas a quem Jesus transformara, ela compreendeu que seus pecados tinham sido perdoados e que sua vida nunca mais seria a mesma.


“Hoje você estará comigo no paraíso.”

No Calvário, houve uma conversa incrível entre Jesus e os dois criminosos que estavam crucificados ali, um de cada lado dele.

“Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: ‘Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!’ Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: ‘Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença. Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal.’ Então ele disse: ‘Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino’. Jesus lhe respondeu: ‘Eu lhe garanto: hoje você estará comigo no paraíso’.” (Lc 23.39-43.)

Um dos ladrões endureceu o coração, mas o outro reconheceu seus erros e clamou por misericórdia ao Senhor. Jesus lhe perdoou e disse as palavras seguintes: “Hoje você estará comigo no paraíso”. E assim deu-lhe plena certeza de salvação. Embora esse homem soubesse que sua vida estava perdida, naquele momento, ficou sabendo também que iria morar no céu. E, durante esses séculos todos, esse incidente tem sido prova de que podemos ter esperança de salvação até na última hora de nossa vida.

Nesses contatos de Jesus com essas cinco pessoas, ele garantiu claramente a esses novos convertidos que eles estavam salvos. E até hoje o Senhor continua fazendo o mesmo.


A certeza de salvação

A questão mais importante para qualquer pessoa neste mundo é a salvação de sua alma. Por isso, precisamos ter o testemunho mais confiável que pudermos obter com relação a isso. E Deus não deixa nenhuma margem de dúvida. Ele nos concede três importantes meios pelos quais podemos saber que estamos salvos. São eles:

  1. O testemunho da Palavra de Deus;
  2. O testemunho do Espírito de Deus;
  3. O testemunho de uma vida transformada.

Deus permitindo, no próximo número da revista, publicaremos outro artigo com o título “Os três testemunhos de Deus sobre a nossa salvação”. 

 

- George Foster

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