Ser cristão

Anônimo

 

“Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor...” (Romanos 14.7-9.)

 

 

Ser cristão – do modo como eu entendo a pessoa de Cristo – quer dizer aceitar a autoridade absoluta de Jesus em todos os setores de nossa vida. Significa que, em tudo que sou e faço – seja comer, beber, comprar ou vender, trabalhar ou descansar, ler ou pensar –, Jesus é o meu amo e Senhor. Quer dizer coroá-lo Rei de minhas afeições; e que submeto ao seu domínio as minhas amizades; que dirijo meus negócios e minha vida intelectual segundo a sua orientação e inspeção. Significa que minha aspiração suprema – uma aspiração que absorve todos os outros interesses – será viver toda a minha existência debaixo da soberania de Cristo. Significa que seu nome, para mim, está acima de qualquer outro nome, e a obediência a ele vem antes de qualquer outro dever.

Ser cristão significa que não sirvo mais a mim mesmo, mas a Cristo. Quer dizer fazer uma entrega completa de mim mesmo para ele, uma entrega tal que eu não tenha mais direitos sobre minha pessoa e não me encontre mais à disposição de mim mesmo. Ser cristão significa pertencer a Cristo de corpo e alma, agora e sempre, para que ele possa fazer de mim o que desejar.

De tudo isso se conclui que, sendo eu servo de Cristo, estou liberto de todos os temores. Minha alegria deve estar em fazer a vontade dele, em ser seu escravo, na certeza de que qualquer coisa que me acontecer enquanto sigo a Jesus é fruto da atuação dele. Assim, eu o torno, de modo concreto, o responsável por minha vida. Minha única responsabilidade é segui-lo. Ele tem o encargo de me guiar e proteger. Não é da minha alçada ocupar-me com nada do que acontece comigo, com o que eu ganho ou perco, ao segui-lo. Isto está nas mãos de Cristo. É sua prerrogativa ordenar; é meu dever obedecer. Estou certo de que ele não deixará que se desperdice nem sequer a mínima parcela de minha vida, se eu a confiar à sua posse e orientação. Todavia, sei que, se eu tentar dirigi-la, ela será pontilhada de perdas e conflitos, de esforço vão e mal aplicado, de derrotas fragorosas e de ambições fracassadas.

Meu papel como cristão não é procurar descobrir as opiniões dos homens, mas cravar os olhos em Cristo, e mantê-los nele; fixar minha mente no Senhor, e ter uma constante visão mental de seu caráter; fazer de sua vida o alimento pelo qual minha alma viverá; fazer de seu evangelho o livro-guia e a suprema autoridade pela qual eu me firmarei ou cairei.

 

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